sábado, 31 de dezembro de 2011

COR-DE-ROSA, MAS COM FP46

Olá, amigos das ideias,
Vamos à ultima resenha de 2011, encerrando o ano em "cor-de-rosa". Afinal, é fim de ano e tal e coisa e coisa e tal.

Editora: Gutenberg
Autor: Paula Pimenta
Ano: 2011/5a Ed.
Título original: A estréia de Fani
Páginas: 331



    Lançado  em dezembro de 2008, Fazendo Meu filme - A estreia de Fani (agora em sua 5a. tiragem)  é narrado em primeira pessoa, em tom de diário. A história gira em torno dos acontecimentos que envolvem a jovem Fani (Estefânia, mas ela simplesmente odeia que a chamem assim) e seu grupo de amigos/colegas de escola nos meses que antecedem o final do ano letivo.
    Eis um livro que, pra mim, não foi nada fácil resenhar. Tampouco foi fácil de ler. Larguei várias vezes, voltei a ele, deixei-o de lado novamente.
Ora, devem pensar vocês, mas um livro tão gracinha, personagens tão legais, os bons vencem no final feliz; difícil por quê?
    Eu e minhas ideias de canário, onde já se viu?
  Explico-me: talvez, devido ao fato de o livro estar dirigido (não necessariamente, é claro) a uma faixa etária específica, houve uma espécie de bloqueio, mesmo ficando claro desde o início que a Fani é uma guria do bem, centrada, capaz de trocar uma balada por filmes no DVD e livros, boa filha, amiga dos amigos, uma adolescente original e com senso crítico e que não se deixa levar facilmente pelas ideias dos colegas. E esse tipo é muito incomum, difícil mesmo de se encontrar, só na ficção mesmo.
    E veio o intercâmbio, a aproximação do final do ano letivo: provas, recuperações, os bate-papos no msn, a paixão platônica pelo professor, o desconforto  pelo fato de o “melhor amigo” ter arranjado uma namorada,  a descoberta de que o amor de sua vida esteve sempre a um passo dela, que nem sequer havia notado, o sofrimento pelo tempo perdido, a visita à cartomante seguida pela correria para recuperar o que perdeu sem nem mesmo saber que teve. Muito clichê.
   O larga e pega continuou. 
  Olhava para o livro na cabeceira, a cada noite, ficava com sentimento de culpa, pois não é meu costume abandonar leitura na metade, isso é que  não. Além do mais, o livro foi ganho numa promo da Livros e Pessoashttp://www.livrosepessoas.com/
 Segui em frente. Felizmente, porque, no momento em que a Fani rendeu-se e reconheceu sua paixão pelo Leo, depois de dançarem coladinhos na festa de final de ano da turma e, abraçada ao vestido que usara sentiu um perfume que não era o seu, pimba! Finalmente, um ponto real e concreto em comum com a maioria dos mortais surgiu:
"Absorvi o cheiro com mais intensidade, deitei na minha cama abraçada com o vestido e deixei que aquele perfume me levasse de volta para a noite passada." (p.194)
    Essa frase fez a história toda valer a pena!
   Que mulher apaixonada já não fez isso? Sou capaz de apostar toda minha biblioteca que não escapa uma. A paixão faz com que o mundo ao nosso redor torne-se sensorial: o som da voz ao telefone, as letras de música que dizem tudo, o perfume, o toque, tudo é percebido através dos sentidos.
  Fani, em seu processo de descoberta do amor, amadurece e prepara o leitor para a sequência de  um filme no qual ela mesma vai roteirizar, dirigir, sonorizar e atuar, sem cortes.
  Caso fosse o hábito deste blog atribuir estrelas, corações ou qualquer outro ícone que simbolizasse o quanto o livro agradou(ou não), sinceramente eu não saberia  o que fazer. Senti que a história está apenas no começo, e é sabido que há mais duas sequências, já em circulação.
   Então, daqui de trás do meu filtro com FP46, eu lhes desejo: Boa leitura!


Até 2012, 










Um comentário:

  1. Eu estou louca pra ler esse livro da Paula Pimenta *---* Adorei a resenha Carmen! Beijinhos e feliz 2012!

    Drunk Culture
    Http://drunkculture.blogspot.com

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