sábado, 12 de novembro de 2011

Consciência negra II

MERCADO AFRO-LITERÁRIO: O EMERGENTE INVISÍVEL?
      A questão da leitura como  meio de desenvolvimento pessoal e visão de mundo não pode deixar de levar em conta o pertencimento étnico-cultural tanto do leitor como dos escritores. 
O texto que segue (no link)  aborda o status do mercado afro-literário brasileiro em face da Lei 10.630/2003, que prevê a obrigatoriedade da inclusão da História Africana e Afro-Brasileira no currículo escolar.
http://www.japer.org/2011/10/mercado-afro-literario-o-emergente-invisivel/

   Extremamente pertinentes as considerações a respeito das questões de mercado afro-literário no Brasil, uma vez que, conforme é dito no próprio texto, o segmento ainda "engatinha. Vários e conhecidos  são os motivos desse status. De minha parte, como afro-descendente, leitora e profissional da área de língua e literatura, acredito que as iniciativas públicas nesse sentido não colaboram para além do necessário, mesmo quando são decorrentes da aplicação da Lei 10.639.
    Especificamente em relação aos livros didáticos da área de Língua e Literatura, o conteúdo, infelizmente, é ainda abordado em capítulo separado(geralmente o último) dentro do livro. Uma vez que, na maioria das escolas públicas, os professores têm a opção de escolha em relação ao material a ser adotado em sua área, é importante que tenha em mente não só a obrigatoriedade legal quando for fazer sua escolha, mas também utilizar-se de senso crítico, afim de que a escolha seja a mais acertada e verdadeira possível.
     Quanto à literatura em geral, cabe ainda um maior empenho dos leitores(dentre os quais devem, obrigatoriamente, estar os professores de todas as áreas) no sentido de buscar conhecimento de autores, obras, editoras e livreiros efetivamente  interessados na questão afro-descendente no Brasil, caso contrário, a abordagem seguirá sendo feita de modo superficial e, nesse caso, o ganho será de mão única e haverá lucro apenas financeiro e, certamente, não para quem mais precisa.

Cármen Machado.

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