sábado, 11 de agosto de 2012

Tal pai, tal filho



Herança é algo que todo pai sempre deixa para os filhos, seja ela material, cultural ou, principalmente, valores éticos e morais. Mas, vamos concordar que, em se tratando de heranças, a vocação literária pode ser o melhor legado que um pai pode passar aos filhos.
Em homenagem ao Dia dos Pais, neste domingo, 12 de agosto, o Ideias de canário faz esta homenagem  a todos os pais lembrando  pais e filhos x literatura. 
Em particular, fica a minha homenagem, não é de hoje que digo e repito que herdei do meu pai (que com certeza,no plano superior,  continua folheando suas páginas) essa paixão quase insana(eu) pela leitura.
Outros autores com certeza ficaram fora desta postagem  mas conto com os amigos das ideias para lembrar deles através de seus comentários.

Alexandre Dumas: 24 de julho de 1802/ 05 de dezembro de 1870.
O clássico de "capa e espada":
Os três mosqueteiros
Conhecido por seus livros do gênero capa-e-espada, estilo nascido em solo espanhol no século XVII, inspirado nos romances utópicos e nas desilusões amorosas, foi autor de peças teatrais, publicou artigos em periódicos franceses da época. A rainha MargotOs três mosqueteiros o  as obras mais conhecidas desse famoso pai francês.

                               

              

                                             
 Dumas+Dumas






Alexandre Dumas, filho: 27/07/ 1824 - 27/11/ de 1895.
A famosa cortesã:
"A dama das camélias"

Seguiu os passos de seu pai, tornando-se um conceituado autor de romances e de peças teatrais.
Apesar do pai consagrado, fez seu próprio caminho literário, prova disso foi sua admissão na Academia Francesa de Letras, em 1874. De sua relação com a jovem cortesã Marie Dupleiss, veio a inspiração para sua obra mais conhecida, A dama das camélias.
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Carlos Heitor Cony:
uma narrativa inteira em homenagem ao pai
Outro precioso exemplo de "escritor herdeiro"  é Carlos Heitor Cony, (filho de Ernesto Cony Filho) escreveu, em 1995,  o excelente "Quase memória",  livro inspirado em suas lembranças do pai jornalista. "Quase memória",  brilhantemente escrito, rendeu a seu autor, em 1996 o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras. A herança literária de Ernesto para Carlos deu-se ainda em vida desse, uma vez que em 1947, surgiu a oportunidade de cobrir as férias de seu pai no Jornal do Brasil, então um grande jornal do R.J. Romancista, cronista, contista e também jornalista é o titular da cadeira número 3 da Academia Brasileira de Letras.


Sinopse:

"Uma tarde, o jornalista Carlos Heitor Cony recebe inesperadamente um envelope. Reparando bem, identifica no sobrescrito a letra do pai falecido havia dez anos. A visão do embrulho desata a memória, e tem início, assim, a cerimônia de reencontro de um filho com seu pai. De um simples pacote, ainda não aberto, saltam alguns sinais: a técnica de fazer o embrulho, a perfeição do nó no barbante, o formato da letra, a tinta roxa e certos cheiros (de alfazema, de brilhantina e de manga). Cada sinal trás de volta uma história inesperada do homem Ernesto Cony Filho, que possuía um formidável apetite de viver."

Uma homenagem e tanta Carlos Heitor Cony  fez pai, Ernesto Cony Filho, sob a forma de uma  bonita e absorvente narrativa. Eu já li, recomendo.

Feliz dia dos pais a todos os amigos das ideias 
Cármen Machado.

4 comentários:

  1. Belíssima sacada essa sua, Cármen! Postagem inteligente e pertinente. Adorei!

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    1. Oi, Sérgio.
      Sempre bom ver-te por aqui com tuas palavras de estímulo, obrigada.
      A verdade é que a cabeça não para mas o tempo está curto mas eu não podia deixar passas esta data tão importante então organizei estas ideias meio que na corrida.
      Como eu disse, conto com os amigos para lembrar outros casos de pai e filho escritores. Algo a declarar?

      Abç,
      Cármen.

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  2. Oie, adorei o post!

    Muito interessante mesmo, e também uma homenagem ao Dia dos Pais!

    Gostaria de fazer uma contribuição lembrando de: Luis Fernando Veríssimo e seu pai Érico Veríssimo.

    bjs

    Marinna

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    1. é isso aí, Marinna, querida.
      obrigada pela contribuição.
      bjokk.
      Cármen

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