Todo mundo tem nome e sobrenome, certo, mas nem sempre foi assim e a origem dos sobrenomes evoluiu ao longo da história de várias maneiras:indicando características, profissões, origem materna ou paterna (conforme a origem mais nobre de um ou outro genitor) ou, ainda, indicando o lugar de origem de alguém. O que hoje em dia é uma obrigação civil, na antiguidade, era um privilégio de nobreza, não era pra todo mundo não, viu?
Mas este livro, de Ivan Jaf, (ed. Atica, 1997) apresenta um super-herói pra la de bacana e nobre tanto na origem quanto no sobrenome, comum à maioria dos negros no Brasil: O Silva ("da selva"), um borracheiro negro, morador do Morro da Mangueira que em uma noite de carnaval, depois de tomar umas e outras para comemorar a amor por sua escola de samba do coração, encontra pelo caminho algo que mudara completamente sua vida pacata.
Casado, torcedor do Botafogo e pai de três filhos, Betinha, Valtencir e Bira, a vida do Silva não é fácil nem diferente da de nenhum outro pai de família trabalhador brasileiro e, com ele, num pequeno barraco, além da mulher e dos filhos mora, ainda, a sogra.
Mas este livro, de Ivan Jaf, (ed. Atica, 1997) apresenta um super-herói pra la de bacana e nobre tanto na origem quanto no sobrenome, comum à maioria dos negros no Brasil: O Silva ("da selva"), um borracheiro negro, morador do Morro da Mangueira que em uma noite de carnaval, depois de tomar umas e outras para comemorar a amor por sua escola de samba do coração, encontra pelo caminho algo que mudara completamente sua vida pacata.
O Silva negro, borracheiro, herói e brasileiro |
O super-herói em questão é um homem negro, trabalhador, brasileiro que, utilizando-se de instrumentos basicamente corriqueiros foi capaz transformar o mundo ao seu redor. Estão presentes na narrativa de Jaf, questões como o tráfico, a corrupção, a manipulação da mídia, a pobreza, o crime, mas também fazem parte do universo dos Silva a honestidade, a solidariedade e o senso de justiça que faz com o que o Silva passe a defender os fracos e oprimidos do morro da Mangueira.
Quem já conhece o livro, com certeza deu boas risada com este 'super' brasileiro, quem ainda não leu, "bora" ler, prá ontem!!!
E, através deste Silva, fica a homenagem do Ideias de
Canário aos 365 dias de consciência negra no Brasil!
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